
Edson Monteiro*
Não há como ignorar a atração que o exercício democrático do voto exerce sobre as pessoas, constatação que se dá em qualquer pleito.
Este fenômeno resulta da sensação de afirmação de um direito, e mesmo nas eleições corporativas, onde os candidatos concorrem apenas para trabalhar e, quase sempre, para uma tarefa não remunerada, percebe-se uma vibração muito grande de parte deles e de alguns eleitores que lhes são fiéis. É o mistério de uma paixão cuja raiz é a amizade, o companheirismo de alguns anos ou mesmo a coincidência ideológica.
Pensando bem, todas essas paixões são misteriosas. E mistério atrai mistério, vontade de vencer, às vezes sem saber bem para que e o quê.
E assim segue o tempo, fazendo-nos chegar a mais uma eleição de renovação do terço do Conselho Diretor do Clube de Engenharia. Como sempre, nas metades de ano, colegas se lançam em campanha, prometendo lutar, anunciando propostas, apontando falhas do segmento adversário, quase sempre repetindo programas e intenções que são comuns, lembrando o sonho dos idealistas fundadores da Entidade e tencionando influenciar a gestão política oficial na busca dos interesses da Nação.
O eleitor apaixonado — e todo eleitor o é — fica atrapalhado nas horas da escolha, ao constatar ilustres companheiros dos dois lados concorrentes. Num deles, um jovem lutador com idéias vanguardeiras; no outro, personalidades da vida nacional, ambos dispostos a influenciar a vida do Clube no caminho de maior justiça social, maior seriedade no trato da coisa pública e progresso racional — um pleonasmo que aqui me tolero.
Nessa realidade, ouso fazer um pedido a cada colega associado do Clube de Engenharia, antes do exercício do voto. Um pedido concretizado numa proposta de reflexão: “Busque o que está gravado em sua memória, relativo à gestão que perdurava no Clube até agosto de 2009, e responda para si próprio se há mudanças efetivas trazidas pela gestão de Francis Bogossian”.
Se sua resposta for “sim”, não tenha dúvidas, vote nos candidatos da Chapa Clube de Engenharia Unido, companheiros comprometidos com a gestão atual.
Sendo “não” a resposta, independentemente da paixão que o(a) move, saiba que muitos de nós não entenderemos sua recusa ao projeto de um Clube UNIDO. Os preteridos no seu voto são aqueles companheiros que vêm alimentando nos últimos doze meses de trabalho, um resultado que está na mídia do Clube e na dos principais noticiosos do país. Um resultado que os fez chegar a Brasília e influenciar objetivamente decisões congressuais a favor da Nação.
Mas, quem sabe, você não sabia disto ainda, atropelado pelo pouco tempo que seu trabalho e suas atividades reservam à sua paixão democrática. Então, se for este o seu caso, volte a refletir e se pergunte de novo o que propus. Talvez você mude de idéia e passe a fazer parte daquele grupo idealista que não arredará pé na consumação da vitória alcançada em 2009.
*Edson Monteiro é Membro do Conselho Diretor do Clube de Engenharia.
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