
Edson Monteiro*
Queiramos ou não admitir, há coisas que são ditas e que não condizem com os atos de quem as diz. Não faço essa afirmação nos limites da atividade política formal. Refiro-me à prática cotidiana corporativa, e peço a sua atenção.
Nos dois últimos anos, quando crescia a olhos vistos a projeção do grupo de colegas que pleiteavam participar ativamente dos destinos do Clube, vários pronunciamentos passaram a ser feitos pregando união. O curioso, já nessas oportunidades, era o fato de que a pretensão de unir partia principalmente de colegas que detinham um poder absoluto na gestão do Clube, exercício legítimo, mas que não satisfazia boa parte dos sócios.
Vieram as eleições de 2009. Colegas identificados como descontentes com o que acontecia num poder exercido havia mais de 20 anos, se uniram efetivamente e levaram Francis Bogossian à presidência do Clube.
Ora, mesmo não sendo adepto da candidatura vitoriosa, qualquer colega engenheiro não duvidaria do quanto o prestígio e a dedicação de Francis contribuiria para o engrandecimento da entidade. E, mesmo que duvidasse, constataria em poucos meses o seu equívoco diante dos resultados de sua vitoriosa atuação como presidente do Clube da Engenharia Brasileira — nos dizeres de nosso vice-presidente da República, José Alencar.
O sucesso de Francis, não obstante seus méritos pessoais, é vitória da verdadeira união, da consciência de que o Clube Unido avançará glorioso na sua trajetória de 130 anos. A mesma união que levará os candidatos da Chapa Clube de Engenharia Unido à vitória na renovação do terço do Conselho Diretor em agosto de 2010.
Estes candidatos querem mesmo — porque estão comprometidos com isto — um Clube Unido, de braços abertos ao debate das idéias, disposto ao engrandecimento da engenharia brasileira. São gente vitoriosa que se orgulha de um presidente tão homenageado — porque entendem as homenagens como dirigidas à engenharia que ele tão bem representa —, de Diretores laureados com o reconhecimento nacional, estadual e municipal, que numa prova de sua identidade com o Clube, pleiteiam receber tais homenagens dentro dele próprio, compartilhando com os colegas a alegria de ver seu mérito profissional reconhecido.
Isto é se sentir verdadeiramente unido: Confraternizar sem limites, em vez do frio enunciado de proposições de união que, em face de uma pseudo-ética de campanha, acabam descortinando preconceitos típicos do absolutismo clássico.
Edson Monteiro é membro do Conselho Diretor do Clube de Engenharia
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